Estudo indica que a aplicação de fertilizantes minerais mistos à base de cálcio, potássio, enxofre e boro podem aumentar a produtividade em até 17%

Cultivado no Brasil desde o século XVI, o fumo é um dos principais itens exportados pelo agronegócio brasileiro. Segundo dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura (Mapa), as exportações de tabaco do Brasil totalizaram US$ 2,729 bilhões em 2023, transformando o país no maior exportador de tabaco do mundo.

A maior produção está concentrada no Sul do país, entre Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, acumulando 96,8% das plantações. De acordo com o Sinditabaco, mais de 400 municípios produzem tabaco nessa região. A soma da área plantada também é significativa, mesmo o tabaco sendo um cultivo, em sua maioria, de pequenas propriedades.

E para vencer o desafio de aumentar a produtividade, sem expandir a área plantada, o produtor está permanentemente em busca de inovações e tecnologias para extrair o máximo de produtividade de suas terras, sem perder a qualidade exigida pelo mercado. Essa busca incessante por resultados vem moldando algumas transformações no setor.

Um exemplo desse comportamento é a adoção de práticas de conservação e nutrição do solo, cada vez mais aplicadas pelo produtor no manejo do cultivo do fumo. Nos últimos anos os fumicultores vêm olhando com mais atenção para esse aspecto e investindo nos cuidados com o solo. Além de manter a atividade mais sustentável, o objetivo é potencializar ainda mais os índices de produtividade e a rentabilidade da cultura.

No município de Forquilhinha, Santa Catarina, o produtor Ademar José Tiscoski viu sua produção de tabaco saltar de 83,6 arrobas por hectares para 101,5 arrobas/há, com o uso de fertilizantes minerais mistos. “A explicação está na formulação, que oferece multinutrientes com fontes de potássio, boro, enxofre e cálcio no mesmo grânulo. No manejo foram aplicados 350 kg/ha em plantas adultas, 45 dias após o transplantio”, conta Ademar.

O produto utilizado na lavoura de fumo do produtor Ademar foi o SKBmaxi, um fertilizante mineral misto, multinutrientes e 100% solúvel em água. A tecnologia é totalmente nacional e foi desenvolvida por pesquisadores da MaxiSolo, empresa catarinense referência em fertilizantes granulados e briquetados para a nutrição vegetal. “Muitas áreas de plantio de fumo no sul do Brasil focam apenas em macronutrientes primários, como o nitrogênio e o potássio, mas negligenciam a importância do cálcio, enxofre e boro para equilibrar o solo, manter a cultura saudável e bem nutrida durante todo o ciclo. Por isso, estamos permanentemente realizando ensaios e estudos sobre a importância desses e outros nutrientes”, explica a agrônoma e Assistente Técnica Comercial da MaxiSolo, Paula Bif Lucas.

Em um dos estudos realizados pelos pesquisadores da MaxiSolo, no município de Vidal Ramos (SC), os resultados também apontaram um significativo ganho no peso e produtividade do tabaco através da utilização de fertilizantes minerais granulados. A equipe de pesquisadores observou que, durante o processo de adubação com sulfato de cálcio, as culturas de fumo absorvem em média 135 kg/ha de cálcio e 24 kg/ha de enxofre.

O especialista em solo e gerente de marketing da MaxiSolo, Caio Kolling, ressalta que os experimentos também apontaram uma significativa melhora na produção de mudas, especialmente quando utilizados os fertilizantes minerais SulfaCal e SulfaBor. “As plantas adultas mais produtivas são oriundas de mudas sadias e mais vigorosas, por isso que esses benefícios atingidos com o SulfaCal e o SulfaBor são tão importantes para o produtor, especialmente quando aplicados nos canteiros de produção, diretamente na água, oferecendo as plantas um enraizamento muito superior”.

Kolling explica que o SulfaCal é um fertilizante mineral granulado formulado à base de cálcio e enxofre solúveis, ideal para  a reposição de macronutrientes e condicionamento do solo, que favorecem a qualidade e desenvolvimento da planta. “Os benefícios são maior sanidade para lavoura, maior qualidade das folhas do fumo para classificação e, consequentemente, maior produtividade e rentabilidade”, destaca. De acordo com o especialista, na forma de sulfato de cálcio puro granulado, o SulfaCal é altamente concentrado e 180 vezes mais solúvel que o calcário, sendo uma tecnologia agronomicamente eficiente e economicamente viável.

Já o SulfaBor, por sua vez, é composto por uma fonte de liberação rápida de boro e outra de liberação gradual, fornecendo boro do início ao fim do ciclo da cultura. Conforme lembra o especialista, a liberação rápida e gradual é a chave do sucesso do produto, já que o nutriente se perde facilmente no solo. “Com os fertilizantes minerais, o sistema radicular, que é responsável por garantir o suprimento de água e nutrientes às plantas, também se fortalece e consegue procurar recursos em camadas mais profundas do solo, o que facilita para o fumo ganhar mais peso durante o seu crescimento”, explica Kolling.

 

 

Texto: AgroUrbano Hub Comunicação
Foto: MaxiSolo / divulgação